Contador, Empresário Contábil e Professor Universitário, PhD em Finanças.
Publicado em 08/05/2025
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Na França do século XVII, Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan, os lendários mosqueteiros, enfrentavam duelos, intrigas políticas e missões impossíveis com coragem, lealdade e o lema “Um por todos, todos por um”. Suas aventuras, narradas por Alexandre Dumas, transcendem o romantismo literário e oferecem lições atemporais para a gestão empresarial e de pessoas no século XXI. Em um mundo corporativo marcado pela transformação digital, diversidade e busca por propósito, os mosqueteiros nos ensinam sobre liderança, colaboração, inovação e resiliência. O intuito é o de explorar como os processos modernos de gestão podem ser espelhados nas características dos mosqueteiros e em suas façanhas, trazendo insights práticos para líderes e profissionais de RH e reflexões sobre as características de cada um deles, formando uma base de estruturação, para que possamos absorver ao máximo, os modelos e ensinamentos dado pelos mosqueteiros.
Iniciamos por Athos, o líder natural dos mosqueteiros, é reservado, sábio e carrega o peso de decisões difíceis. Sua autoridade não vem da imposição, mas da confiança que inspira. Em missões como a proteção da rainha Ana contra as conspirações do Cardeal Richelieu, Athos planeja com visão de longo prazo e mantém o grupo unido. Tem grande espelhamento com o gestor empresarial, pois representa a liderança transformacional, que alinha equipes aos objetivos estratégicos da organização. No contexto atual, líderes como Athos são aqueles que definem a visão da empresa, promovem uma cultura de confiança e tomam decisões baseadas em dados e valores éticos. Assim como Athos guia os mosqueteiros em batalhas complexas, o líder moderno navega por mercados voláteis e transformações tecnológicas.
Athos planeja missões com precisão, como na busca pelo colar da rainha. Na gestão, isso se traduz em definir metas SMART (específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais) e alinhar departamentos mensurados pelas seguintes características:
Um grande exemplo que podemos relacionar é o de uma empresa de tecnologia que implementa reuniões estratégicas trimestrais para alinhar equipes globais está aplicando o “espírito de Athos”, garantindo que todos compreendam a visão e contribuam para ela.
Porthos, é o mosqueteiro extrovertido, que ama o luxo, celebra vitórias e busca reconhecimento. Sua força física e entusiasmo contagiante o tornam indispensável, como quando enfrenta adversários com bravura para proteger seus companheiros. Ele simboliza a necessidade de motivar e engajar colaboradores, em um mercado onde a retenção de talentos é desafiadora, reconhecer conquistas e oferecer incentivos é crucial. Porthos nos lembra que colaboradores motivados são mais produtivos e leais, assim como ele é aos mosqueteiros. Podemos fazer um paralelismo com as configurações de uma empresa que se intensifica nas avaliações regulares, como as que Porthos implicitamente busca ao exibir suas façanhas, ajudam a identificar talentos e recompensá-los. Ferramentas como feedback 360° são modernas “medalhas” para os Porthos corporativos e exemplificados com alguns pontos, tais como:
Aramis é o mosqueteiro intelectual, com inclinação à espiritualidade e ao aprendizado. Sua ética e busca por autodesenvolvimento o destacam, como quando equilibra suas ambições pessoais com a lealdade ao grupo. Representa o investimento no desenvolvimento de competências e na promoção de uma cultura ética. Em um mundo onde a qualificação contínua é essencial (devido à automação e à inteligência artificial), Aramis é o colaborador que busca upskilling (aprimorar e atualizar as habilidades existentes) e reskilling (aprender novas habilidades para trabalhar em uma área diferente da atual, geralmente em resposta a mudanças no mercado de trabalho), enquanto mantém princípios sólidos.
Programas de capacitação, como cursos online ou workshops, refletem a busca de Aramis por conhecimento. Empresas que oferecem plataformas de aprendizado contínuo estão investindo em seus “Aramis”.
D’Artagnan, o jovem aspirante a mosqueteiro, traz energia, ambição e inovação. Sua jornada de integração ao grupo, enfrentando desafios como o duelo inicial com os mosqueteiros, mostra sua resiliência e capacidade de aprendizado. Ele representa os novos talentos que entram nas organizações, trazendo perspectivas frescas e adaptabilidade. Ele simboliza a importância de processos eficazes de integração e a valorização da diversidade de ideias para impulsionar a inovação.
O lema dos mosqueteiros reflete sua maior força: a união em torno de um propósito comum. Em missões como recuperar o colar da rainha, cada mosqueteiro contribui com suas habilidades, garantindo o sucesso coletivo.
Para o aspecto de gestão de pessoas, o lema simboliza a construção de uma cultura colaborativa, onde equipes diversas trabalham em sinergia. Em ambientes híbridos ou globais, a colaboração é crucial para alinhar objetivos e maximizar resultados. Para profissionais de RH e líderes, o desafio é transformar essas lições em ações: formar líderes inspiradores, celebrar conquistas, capacitar colaboradores, integrar novatos e fomentar a colaboração. Assim como os mosqueteiros triunfam contra adversidades, organizações que adotam esses princípios construirão equipes resilientes, diversas e unidas, prontas para enfrentar os desafios do futuro corporativo.
Nesse contexto, Os Três Mosqueteiros nos mostram o caminho: lidere com propósito (Athos), motive com reconhecimento (Porthos), desenvolva com ética (Aramis), integre com inovação (D’Artagnan) e una com colaboração (o lema).